eleições 2020

Saiba quem são os seis pré-candidatos à prefeitura de Santa Maria

18.386

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

De hoje até o próximo dia 16 de setembro passa a valer um dos pontos altos do calendário eleitoral à corrida municipal: o prazo das convenções partidárias. No quinto maior colégio eleitoral do Estado, com 204,2 mil eleitores - e, portanto, apta a uma disputa em segundo turno -, a prefeitura de Santa Maria é alvo de cobiça e de desejo por, ao menos, seis pré-candidatos. 

O Diário conversou, nos últimos dias, com os postulantes e presidentes das siglas para mapear o cenário que o eleitorado de Santa Maria encontrará a partir do próximo dia 27 de setembro, quando está aberta a temporada de caça aos votos (nas ruas e na internet). São seis pré-candidatos (confira no quadro) e 21 partidos em uma sopa de letras pragmáticas onde impera, não raro, a busca por tempo de rádio e de TV.

Há, por enquanto, duas chapas governistas. A primeira, por motivos óbvios, é a do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que buscará a reeleição. A outra, que deriva do próprio governo, é a de Sergio Cechin (Progressistas), atual vice-prefeito, que tenta descolar da gestão. Mas, ao mesmo tempo, tem o desafio de creditar a ele os acertos da atual administração.

Já no bloco oposicionista, há outras quatro candidaturas munidas de argumentos e de entendimentos que os rumos da municipalidade não vão bem. Porém, uma situação, une todos os seis pré-candidatos: o combate à pandemia e os desafios que irão implicar na saúde e na economia a partir de 2021.  

CRIATIVIDADE
A reportagem conversou com o advogado Antonio Augusto Mayer dos Santos, especialista em Direito Eleitoral, que entende que larga na frente aquela campanha que for criativa, ousada e que saia do lugar comum.

- A campanha de 2020 será feita com bandeira no carro, pessoas colocadas nas esquinas estrategicamente com bandeiraços, pessoas pedalando de bicicleta com identificação visual dos candidatos e, talvez utilizando máscaras identificadas. E uso dos aplicativos de mensagens e redes sociais. Isso, contudo, causará um inchaço nas caixas postais e uma provável repulsa do eleitorado.

Já a carreata será facilmente adaptada ao momento atual, diz Mayer. E quanto aos comícios virtuais, ele avalia como algo sem "eficácia" e " incapaz de empolgar ". 

O CENÁRIO LOCAL
Confira, abaixo, as pré-candidaturas à prefeitura de Santa Maria**:

Cidadania: Evandro de Barros Behr e Carla Kowalski

Evandro de Barros Behr (foto ao lado) 

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

  • É filho do ex-prefeito de Santa Maria, Evandro Behr, que ocupou o cargo de 1989 a 1992
  • Tudo indica que a chapa será pura
  • Em 2000, foi candidato à prefeitura como vice de Cezar Schirmer (MDB). Eles perderam o pleito para Valdeci Olveira (PT)
  • Pré-candidatura tem o apoio do Democracia Cristã (DC)
  • Em 2002, foi candidato a deputado estadual pelo então PMDB, mas não se elegeu
  • Behr foi diretor-técnico do FGTAS por cerca de cinco anos nos governos Rigotto (MDB) e Yeda (PSDB)
  • Advogado e empresário, aposta em uma terceira fase de desenvolvimento, em uma referência aos outros dois ciclos de crescimento (malha ferroviária e o surgimento da primeiras instituições de Ensino Superior)

Carla Kowalski 

  • Filiada ao Cidadania, é enfermeira e doutoranda em gerontologia
  • Tem perfil técnico e trabalha no plano de governo para a área da saúde
  • É a favorita de Behr para a composição da chapa

PDT/PSB: Marcelo Bisogno e Fabiano Pereira 

  • A coligação conta ainda com o PCdoB, PV e Rede e leva o nome de Frente Ampla Democrática e Trabalhista

Marcelo Bisogno  (foto)

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

  • Filiou-se, pela primeira vez, ao PDT em 1991 e teve a ficha abonada por Leonel Brizola, durante vinda dele a Santa Maria
  • Em 1999, deixou o partido após uma disputa interna
  • Foi filiado de 1999 a 2001 ao PT
  • De 2001 a 2004, foi vereador pelo PT
  • Em 2007, já de volta ao PDT, foi secretário de Esportes do então prefeito Valdeci (PT); e, em 2011, ocupou a Mobilidade Urbana (de Schirmer, MDB)
  • Na eleição de 2012, foi o vereador mais votado do pleito com 8 mil votos
  • Já no pleito de 2016, em chapa pura, Bisogno ficou na quinta colocação com 12,5 mil votos

Fabiano Pereira

  • Já foi vereador, secretário municipal de Saúde (de 2001 a 2002), deputado estadual (por dois mandatos)
  • Presidiu a Assembleia Legislativa e esteve à frente da CPI do Detran, durante o governo Yeda (PSDB), na época em que eclodiu a Rodin
  • Durante o governo Tarso Genro (PT), foi secretário de Justiça e dos Direitos Humanos
  • Foi filiado por 26 anos no PT e, em 2016, mudou para o PSB
  • Na eleição de 2016, concorreu como o candidato governista de Cezar Schirmer (MDB) e ficou em 3º lugar com 20,2 mil votos
  • Entre 2017 e 2018, esteve à frente da Secretaria Estadual de Obras, Saneamento e Habitação na gestão do então governador José Ivo Sartori (MDB)

Progressistas/MDB: Sergio Cechin e Francisco Harrisson

  • A coligação que leva o nome de Abraça Santa Maria tem ainda o apoio do PL, Avante, Podemos, Patriotas, PRTB e SD

Sergio Cechin  (foto)

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

  • Foi vereador (por seis mandatos), presidente do Legislativo (por duas vezes), vice-prefeito de 1993 a 1996, ocupou cargos nos governos de Antonio Brito e de Germano Rigotto, ambos do MDB, além de ter sido secretário de Habitação na gestão Schirmer (MDB)
  • Busca, agora, pela primeira vez ser prefeito do quinto maior município do Estado
  • Elegeu-se em 2016 ao lado de Jorge Pozzobom
  • Porém, em março deste ano, anunciou que concorreria pelo Progressistas à prefeitura
  • Com mais de 40 anos de vida pública, é engenheiro civil formado pela UFSM, também atuou na rede pública de ensino

Francisco Harrisson

  • Médico traumatologista, major do Exército, elegeu-se, pela primeira vez, vereador em 2016, com 2,1 mil votos pelo MDB
  • Em 2018, concorreu a deputado federal, quando fez 8,8 mil votos
  • Depois, foi secretário de Saúde por quase um ano do governo Pozzobom
  • Está frente do maior desafio de sua recente carreira política

PSDB/PSL: Jorge Pozzobom e Rodrigo Decimo 

  • A frente pró-reeleição do prefeito Pozzobom conta ainda com o apoio do PTB e do DEM

Jorge Pozzobom (foto)

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

  • Iniciou a vida pública ainda como vereador nos anos 2000
  • Foi deputado estadual (duas vezes), secretário de Estado (no governo Yeda) e de município (na gestão Schirmer)
  • Em 2012, concorreu pela primeira vez a prefeito. À épóca, ficou em terceiro lugar com 26,2 mil votos
  • Na eleição de 2016, elegeu-se prefeito em votação inédita decidida no 2º turno, quando obteve 73 mil votos

Rodrigo Decimo

  • Engenheiro civil e empresário, já comandou por duas vezes a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism)
  • A filiação ao PSL ocorreu por meio de convite do presidente estadual da sigla, o deputado federal Nereu Crispim
  • Em abril deste ano, Pozzobom esteve reunido com Decimo. Do encontro, veio a sondagem do tucano ao empresário para concorrer à prefeitura com ele
  • Agora, em agosto, as tratativas se intensificaram e Decimo, ao que tudo indica, assumirá o desafio ao lado de Pozzobom

PT/PSD: Luciano Guerra e Marion Mortari

  • A coligação deve ficar mesmo com o PT e o PSD

Luciano Guerra (foto) 

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

  • Vereador no segundo mandato. Em 2016, foi o parlamentar mais votado com 4,2 mil votos
  • Já foi subprefeito, por dois mandatos, do distrito de Palma
  • É conhecedor das demandas do homem do campo
  • Radialista, com experiência de mais de 20 anos, é a aposta de quebrar o jejum do PT e levar o partido ao comando do município

Marion Mortari

  • O segundo mais votado da eleição de 2016, com 3,5 mil votos, é o vice na chapa
  • Antes de ser do PSD, Mortari foi do PP (hoje Progressistas) quando, em 2008, elegeu-se vereador
  • Ligado ao campo, Mortari é também um nome conhecido da zona rural
  • Ele foi subprefeito de Pains por três mandatos

Republicanos: Jader Maretoli e Maria Helena Rodrigues)

  • Chapa pura

Jader Maretoli 

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

  • Concorreu pela primeira vez à prefeitura em 2016
  • À época, foi quarto colocado com quase 19,5 mil votos
  • Foi, até este ano, secretário adjunto de Esporte e Lazer de Eduardo Leite (PSDB)
  • Concorreu, em 2018, a deputado estadual e fez 7,8 mil votos
  • Aposta no fato de ter sido secretário de Estado para provar ao eleitor que ganhou experiência e conhecimento da máquina pública
  • Pastor e evangélico, Jader, como gosta de ser chamado, quer ser o "candidato da família e da renovação da política local"
  • Antes ainda de concorrer, de 2011 a 2014, quando era filiado ao Solidariedade, foi coordenador da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/ Sine) na gestão do então governador Tarso (PT)

Maria Helena Rodrigues

  • Tem mais de duas décadas de atuação na área educacional (junto à rede estadual)
  • É filiada ao Republicanos desde o fim do ano passado
  • Moradora do Bairro Nova Santa Marta, foi uma das primeiras líderes comunitárias do local a pleitear por demandas dos moradores
  • Negra, professora e líder comunitária, ela é a aposta de elo com nichos que são, historicamente, negligenciados

*Colaborou Rafael Favero

**Os pré-candidatos estão apresentados conforme ordem alfabética dos partidos

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Aberto prazo das convenções partidárias em Santa Maria

Próximo

Estado começa a pagar salários de agosto na segunda-feira

Política